domingo, 3 de julho de 2011

#EuApoioRapBa - Leia a entrevista de @VictorHaggar no blog @ARTIGOdeRUA



Artigo De Rua: Muitos viam a Bahia como a terra do pagode do axé. Você acha que o  Hip Hop Baiano ocupou seu espaço em meio a a esses e outros ritmos?
Victor HaggarEles ainda tem essa imagem nossa né? Por que o que chega mais forte lá fora são esses estilos musicais que você citou acima, eu sou fã da música baiana de QUALIDADE, mas tenho profunda tristeza ao ver a quantidade de lixo musical que estão produzindo por aí, e se não se ligar o rap toma esse caminho também.
Nós temos que ter cuidado com o imediatismo, pois na vontade de que nosso som apareça agente começa a fazer parceria com certos tipos musicais que são totalmente contra ao que nós pregramos, que é o respeito, a celebração, o entretenimento consciente, a espiritualidade e a consciência de que podemos ser melhores pro mundo que vivemos, porém estou ciente de que em todo lugar há hipocrisia e  demagogia, inclusive no rap, não somos insentos disso.
Pelo menos aqui em Salvador vejo o rap como uma criança, falo no sentido que tem  poucos eventos e muita gente querendo tocar, falta os grupos se mobilizarem mais vezes e criar seus eventos, mas eventos de qualidade, ter planejamento, metas realistas e não mirabolantes, não precisa ser uma megaprodução, mas algo que tenha um mínimo de profissionalismo, que dê visibilidade ao nosso trabalho, o tempo do amadorismo já passou, hoje nós somos mais.
Somos maduros em alguns aspectos e outros não, o empreendedorismo no Hip Hop tá chegando agora de forma mais clara e tá criando suas raízes, e já estamos colhendo frutos da rapazeada que vem lutando a mais tempo, mas também tem gente nova trampando.
Mas acredito que no aspecto musical, podemos chegar mais longe, estamos no berço cultural do Brasil, devemos  pesquisar, ter boas referências e sempre estudar, rap é música ,tem que investir sempre, temos que nos apropriar de nossas raízes musicais e buscar novas idéias ao redor do planeta.

Artigo De Rua: Você recebeu vários convites e foi indicado para trabalhar com diversos artistas variados  estilos musicais, fale um pouco sobre isso.
Victor Haggar: Quando entrei na Eletrocooperativa, eu fui convidado pra entrar na Eletropercussiva e participei do segundo disco “Universo Coletivo” de forma direta, eu evoluí muito e em vários aspectos, no sentido musical principalmente, e tive a oportunidade de tocar no mesmo palco que, Diamba, Arnaldo Antunes, Céu, e outros artistas, isso fez a minha mente se expandir.
A Eletropercussiva foi uma escola pra mim, me deu um puxão totalmente pro chão, me ligou as minhas origens, desde então trago comigo o conceito de raiz  e antena, raiz pra me conectar a África com mais força, antena pra reverberar tudo o que sou pro mundo.

Leia a entrevista completa no Artigo de Rua



1 comentários:

Artigo De Rua disse...

Muito obrigado familia Nois Por Nois sempre...

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